segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ano Novo

Ano Novo

A primeira comemoração ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a.C. e era conhecida como "Festival de Ano Novo".Na Babilônia, a festa começava na primavera por ocasião do equinócio, ou seja: no ponto ou momento em que o Sol, ao descrever a eclíptica, corta o equador, fazendo com que os dias sejam iguais às noites.No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data em que os espiritualistas comemoram o Ano Novo esotérico).Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o Ano Novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro. Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia para a comemoração desta grande festa (753 a.C.).O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a.C. Em 1582 a Igreja Católica consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano. Alguns países comemoram em datas diferentes. Na China, por exemplo, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos.No Japão, o Ano Novo é comemorado nos três primeiros dias de janeiro. A comunidade judaica comemora sua festa de Ano Novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, em meados de setembro ou no início de outubro e dura dois dias.Para os islâmicos, o Ano Novo é celebrado em meados de maio. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (que em árabe significa emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622. Nesta ocasião, o profeta Maomé deixou a Cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Papai Noel


Personagem destacado no Natal é o Papai Noel. São Nicolau, chamado Santa Klaus, bispo de Myra, na Lícia antiga (atual Turquia). Durante o século IV, este homem de fé marcante foi transformado legendariamente neste Papai universal que oferece às crianças presentes, brinquedos e carinhos.Uma lenda conta que São Nicolau, no dia de sua festa, 06 de dezembro de cada ano, passava de telhado em telhado depositando presentes nas meias colocadas nas chaminés. Ele estaria acompanhado de um "homem mau" encarregado de punir as crianças desobedientes. Era um homem bondoso que ficava feliz em presentear gente pobre. Converteu-se, com o tempo, em protetor das crianças, dos marinheiros, dos viajantes e dos mercadores, os tradicionais provedores de presentes. Em 1087, mercadores italianos roubaram de Myra as relíquias deste bispo e a trouxeram para Bari, na Itália, onde hoje se encontram. Nicolau foi substituído em alguns países pela lenda do menino Jesus que distribuiria presentes na noite do dia 24 de dezembro. Unindo estes contos às antigas lendas nórdicas, renas, trenós de neve e gnomos míticos, temos hoje todos os ingredientes de um conto infantil capaz de comover até os adultos que ainda sonham com sua infância.Na Antigüidade se trocavam presentes na festa do solstício de inverno, como um sinal de renovação. Em Roma, festejava-se a deusa Strenia. Nos países nórdicos, o deus Odin à cavalo sobre uma nuvem trazia para as crianças recompensas ou punições face ao seu comportamento.



O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasceu nos Estados Unidos, na metade do século XIX, como um São Nicolau sob a forma de um gnomo ou duende e, logo em seguida foi transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial e se impõe pouco a pouco pela pressão comercial. A lenda diz que o bom velhinho vive no Pólo Norte e tem amigos duendes que o ajudam a entregar os presentes. E, como cada país no mundo vive em um horário diferente, ele consegue entregar todos os presentes no tempo certo. Além disso, as renas que guiam seu trenó têm anos de prática e conseguem voar muito rápido. São tantas que Noel não consegue contar. O nome de algumas das renas do Papai Noel, em inglês, são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder e Blitze. A primeira vez que foram mencionadas foi em uma história chamada Uma Visita de St. Nicholas, escrita por C. Clement Moore, em 1823. rena do nariz vermelho surgiu bem depois das outras, em uma história chamada Rudolf, a Rena do Nariz Vermelho, de 1939. Antes mesmo da publicação do conto, Rudolph foi chamado de Rollo e Reginald.

A Árvore de Natal


A árvore natalina é simbolizada por um pinheiro enfeitado de luzes e de bolinhas vitrificadas coloridas, e para os cristãos e reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida. Uma a lenda conta que havia três árvores próximas aos presépios: uma oliveira, uma tamareira e um pinheirinho, que desejavam honrar o recém-nascido. A oliveira ofereceu suas azeitonas, e a tamareira suas tâmaras, mas o pinheirinho não tinha nada a ofertar. Lá do alto, as estrelas desceram do céu e pousaram sobre os galhos do pinheirinho oferecendo-se como presente. A tradição da árvore é bem antiga (segundo e o terceiro milênio A.C.), quando povos indo-europeus consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Natureza, por isso lhes rendiam culto. A civilização egípcia considerava a tamareira como árvore da vida e a enfeitava com doces e frutas para as crianças. Na Roma Antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco, o deus do vinho, em pinheiros para comemorar uma festa chamada "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal. Na Mitologia Grega, as árvores eram utilizadas para reverenciar deuses. Elas representavam as possibilidades de evolução e elevação do homem e eram consideradas intermediárias entre o céu e a terra. Na China, o pinheiro simboliza a longa vida e, no Japão, a imortalidade. O carvalho foi, em muitos casos, considerado a mais poderosa das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido.



A atual árvore de Natal aparece na Alemanha, no século XVI e, no século seguinte, são iluminadas com velas. No século XIX, em 1837, a esposa alemã do duque de Orleans introduz este costume na França. Ainda no século XIX, a tradição chegou à Inglaterra e a Porto Rico. Em 1912, Boston, nos Estados Unidos, inaugura uma árvore iluminada numa das praças centrais da cidade, e isto se espalha pelo mundo, inclusive em países não-cristãos. No século XX, torna-se tradição na Espanha e na maioria da América Latina.


Boneco de Neve




O toque mágico do Natal vêm com a brancura e o frio da neve no hemisfério norte que exigem que as pessoas convivam mais dentro das casas. Nos países frios, as crianças se acostumaram a sair nos dias de neve de Natal para criar seu próprio homem de neve. Só é preciso armar duas grandes bolas de neve e colocá-las uma sobre a outra. Uma cenoura serve de nariz, um cachecol velho, um chapéu, algumas laranjas para os olhos e quatro galhos para servir de pés e mãos e o boneco de neve está pronto. A tradição popular se transformou em peça de decoração de árvores de Natal, mesmo em países tropicais como o Brasil.

Guirlanda


Em muitos países, durante o advento, se faz com ramos de pinheiro uma coroa ou guirlanda com quatro velas para esperar a chegada do menino Jesus. Estas velas simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo deste tempo litúrgico, acende-se a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. No segundo domingo, a segunda vela acesa representa a fé. A terceira vela simboliza a alegria do rei David, que celebrou a aliança e sua continuidade. A última vela simboliza o ensinamento dos profetas.

Velas de Natal




Acender velas nos remete à festa judaica de Chanuká, que celebra a retomada da Cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos. Lembramos também da remota festa pagã do Sol Invencível dos romanos (Dies solis invicti), celebrada na noite do solstício de inverno, em 25 de dezembro. Os cristãos transformam-na na festa da luz que é Cristo. Na chama da vela estão presentes todas as forças da natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. Tantas velas, tantos anos. Para o cristão, as velas simbolizam a fé, o amor e a vida.

Sino



As renas carregam sinos de anúncio e de convocação. O sino simboliza o respeito ao chamado divino e representa o ponto de comunicação entre o céu e a terra. Remete ao ambiente rural, o tempo da igreja matriz e seus sinos e toques de aviso e de convocação para a vida e para a morte.

Canções


Anjos cantores anunciam uma boa notícia. "Glória no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade". Anjos, ou seja, mensageiros surgem nos céus para confirmar o nascimento do filho de Deus. Pela melodia que entoam prenunciam um novo tempo.As primeiras canções natalinas datam do século IV e são cantadas até hoje na véspera de Natal.


Música We Wish a Merry Christmas

Cartões de Natal




A confecção do primeiro cartão de Natal, costuma ser atribuída ao britânico Henry Cole que, em 1843, encomendou a uma gráfica um cartão com a mensagem: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo" porque não tinha tempo para escrever pessoalmente a cada um de seus amigos.Mas, em 1831, um jornal de Barcelona, na Espanha, quis colocar em funcionamento a técnica da litografia felicitando seus leitores pelo Natal mediante uma estampa, o que já pode ser considerado uma forma de cartão de Natal. O costume de desejar Boas Festas com o uso de um cartão se estendeu por toda a Europa e, a partir de 1870, estes cartões começaram a ser impressos coloridos. Já a partir desta época a imagem do Papai Noel - com suas diversas variações ao longo das décadas - começou a ser freqüente nos cartões de Natal.

Panetone




Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo.O bolo recheado de frutas secas e uvas secas é uma tradição do Natal italiano. Ele foi criado na cidade de Milão, não se sabe ao certo por quem. Existem três versões. A primeira diz que o produto foi inventado, no ano 900, por um padeiro chamado Tone. Por isso, o bolo teria ficado conhecido como pane-di-Tone. A segunda versão da história conta que o mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, preparou, em 1395, o produto para uma festa. E a última versão é mais romântica e conta que Ughetto resolveu se empregar numa padaria, para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa. No Brasil, a tradição surgiu depois da Segunda Guerra Mundial quando imigrantes italianos resolveram fazer o mesmo panetone consumido por eles na Itália na época de Natal.


Presépio




Segundo a tradição católica, o presépio foi criado por São Francisco de Assis, no século XIII, em 1223, na região da Úmbria. Com a permissão do Papa, montou um presépio de palha que representava o ambiente do nascimento de Jesus, com pessoas e animais reais e não bonecos. Neste cenário foi celebrada a missa de Natal e o sucesso foi tamanho que rapidamente se estendeu por toda a Itália. As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis serviram de inspiração para que se criasse o presépio, que hoje é uma tradição na Itália, na Espanha (a tradição chegou com o rei Carlos III, que a importou de Nápoles, no século XVIII), na França (inícios do século XX), no Tirol austríaco, na Alemanha, na República Checa, na América Latina e nos Estados Unidos.

Recado Orkut Presépio infantil

A Estrela de Belém



Na ponta da árvore de Natal e, muitas vezes, sobre o presépio se coloca a Estrela de Belém. Simboliza a estrela-guia dos magos e sábios do Oriente. A Estrela possui quatro pontas e uma cauda luminosa, como um cometa.


Os Reis Magos



O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda dos sábios do Oriente. Posteriormente, acrescentaram-se inúmeras lendas, uma das quais dizendo que eles vieram da Pérsia. No século V, Orígenes e Leão Magno propõem chamá-los de reis-magos. No século VII, eles ganham nomes populares: Baltazar, Belquior e Gaspar e trazem ouro, incenso e mirra para o menino Jesus. No século XV, lhes é atribuída uma etnia: Belquior (ou Melchior) passa a ser de raça branca, Gaspar, amarelo, e Baltazar, negro, para simbolizar o conjunto da humanidade.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Lenda das Aranhas de Natal



Há muitos, muitos anos, vivia na Alemanha uma família muito feliz. Naquele dia, era véspera de Natal e a mãe andava ocupadíssima a limpar a casa e a decorar a árvore.Num canto da casa, lá mesmo junto ao teto, estavam umas aranhas que, ao verem a mãe com a vassoura na mão a limpar, subiram escadas acima e foram esconder-se no sótão.Quando já era noite alta e toda a casa estava em silêncio, as aranhas desceram as escadas devagarinho e foi então que viram a linda árvore de Natal, brilhando de mil cores. Não conseguiram resistir à tentação e apressaram-se a subir pelo tronco e ao longo dos ramos. Sentiam-se tão felizes que se esqueceram de que eram aranhas e que as aranhas andam sempre a tecer teias.Pobre árvore! Quando as aranhas chegaram ao seu cimo, já ela estava toda coberta de poeirentas teias de aranhas escuras.As aranhas ficaram tristes e não sabiam o que fazer, quando ouviram um barulho e viram que era o Papai Noel que chegava com os presentes para as crianças. Encheram-se de coragem e pediram-lhe humildemente para as ajudar a reparar o que tinham feito.O Papai Noel viu a árvore coberta de teias de aranha e ficou um pouco preocupado mas depois sorriu. Já sabia como resolver esta triste situação, deixando ao mesmo tempo felizes as aranhas e sem que a mãe visse a árvore coberta das desgraciosas teias: transformou pura e simplesmente as teias em fios de prata e de ouro! E a árvore luzia e tremeluzia como nunca!

Foi assim que, a partir daquele dia, as pessoas passaram a enfeitar as árvores de Natal com grinaldas e outras decorações cintilantes.

A Lenda da Lua



Esta lenda conta sobre a origem da lua. O índio Manduka namorava sua irmã. Todas as noites ele ia deitar com ela, mas não mostrava o rosto e nem falava, para não ser identificado. A irmã, tentando descobrir quem era, passou tinta de jenipapo (fruta - Genipa americana) no rosto de Manduka. Ele lavou o rosto, porém a marca da tinta não saiu. Então ela descobriu quem era. Ficou envergonhada, muito brava e chorou muito. Manduka também ficou envergonhado, pois todos souberam o que ele havia feito. Então Manduka subiu numa árvore que ia até o céu. Depois, ele desceu e foi dizer aos Jurunas (outros índios) que ia voltar para a árvore e que não desceria nunca mais. Levou uma cutia (mamífero roedor - Dasyprocta azarae) para não sentir-se muito só. Aí virou lua. É por isso que a lua tem manchas escuras, por causa do jenipapo que a irmã passou em Manduka. No meio da lua costuma aparecer uma cutia comendo coco. É a outra mancha que a lua tem.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Bruxa de Gwrach-y-rhibyn

O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas é mais comumente chamada de "Bruxa da Baba". Dizem que parece com uma velha horrenda, toda desgrenhada, de nariz adunco, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas. De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte. Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas. Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro. Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales. Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling ocuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan. A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling. Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher se lamuriando e gemendo abaixo de sua janela. Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas. Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer. Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que estava avisando de uma morte na família Stardling. Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia fora dos Stardling. Naquele mesmo dia, ficou-se sabendo que o último descendente direto da família estava morto.

http://www.thelondonvampire.co.uk/custom/gwrach-y-rhibyn.jpg

sábado, 28 de novembro de 2009

A Busca dos Mortos de Nechtansmere

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Fazia uma noite desagradável, a chuva se transformara em neve e a estrada estava perigosa. A senhorita E. F. Smith saíra de uma festa e ia voltando para casa, no remoto vilarejo escocês de Letham, no dia 2 de janeiro de 1950, quando o carro derrapou e caiu num barranco. Ela não teve outra alternativa senão percorrer o resto do caminho a pé, com seu cachorro. Eram umas duas da madrugada quando se aproximou de Letham, levando o cãozinho de estimação no colo. Num grande campo, viu o que mais tarde classificaria como "fantástico". Vultos com tochas acesas na mão movimentando-se em círculos, como se estivessem andando à beira de uma barreira invisível. Ao se aproximar, a senhorita Smith constatou que se tratavam de homens vestidos com roupas às antigas, procurando alguma coisa no chão.

O cão começou a rosnar, fazendo com que a senhorita Smith
saísse o mais rápido possível, pois tinha medo de interromper a busca daquelas pessoas estranhas. A história acabou chegando até a Sociedade de Pesquisa Psíquica, cujos investigadores concluíram que a senhorita Smith poderia ter visto uma reencenação da Batalha de Nechtansmere. Travada às margens de um lago raso, em 685 d.c, o confronto brutal entre os habitantes da Escócia e da Nortúmbria acabou com a morte de Ecgfrith, Rei da Nortúmbria, e uma vitória total dos escoceses. Talvez, especulam os pesquisadores e historiadores, a cena espectral representasse os celtas recolhendo seus mortos nas margens do lago, há muito desaparecido.



Guerreiros Fantasmas da Colina Cadbury



Esse relato fantástico seria apenas mais uma história de fantasmas se não fosse corroborado posteriormente por várias pessoas em épocas diferentes. Tais "Cavaleiros de Fogo" seriam os ocupantes de Cadbury. Segundo a lenda local, a colina havia sido a sede da Corte de Arthur. Arqueólogos confirmam que o antigo forte pode ter sido a morada de algum chefe do século VI, na época em que o Rei Arthur lutou contra os Saxões. Há séculos que os moradores do local afirmam que o espectro de Arthur e de seus cavaleiros moram no interior da Colina de Cadbury e que patrulham o forte nas noites de luar. Uma professora primária contribuiu para a fama misteriosa da região ao relatar ter visto uma estranha procissão na Colina Cadbury, na década de trinta. Ao passar de carro no sopé da colina com seu amigo, afirmou ter visto várias luzes incandescentes em linha descendo o morro lentamente. Aproximado-se mais do local, puderam constatar que tais luzes eram provenientes de tochas presas à ponta das lanças de dezenas de cavaleiros, estes liderados por um "grande" cavaleiro negro que os guiaria novamente para a escuridão.Existem centenas de lendas que envolvem o tranqüilo Oeste Bretão, com Fadas, Duendes e Fantasmas transitando pelas colinas e também com Cães Sobrenaturais que vagam pelos Pântanos de Dartmoor. Mas talvez a mais poderosa das lendas da região seja a do Castelo de Cadbury, no Condado de Solertes. O forte abandonado da Idade do Ferro fica no topo de um morro que tem a fama de ser não só oco, como habitado.



Os Espectros de Glamis

Segundo a Lenda, a família Bowes Lyons, condes de Strathmore, é marcada por uma triste sina: muitos de seus mortos não tiveram o descanso eterno, e ainda vagam por suas Terras e Castelos. Seu lar ancestral, no condado de Angus, Escócia, é o soturno Castelo de Glamis, um edifício ameaçador que Shakespeare escolheu como cenário para Macbeth. De fato, o Rei escocês Malcon II foi morto a punhaladas em Glamis, no século XI, e consta que até hoje seu sangue ainda mancha o chão de um dos incontáveis aposentos do Castelo.
Entre os muitos fantasmas de Glamis, encontram-se uma senhora de cinza que dizem ter sido morta quando caiu na grande lareira do Salão Principal durante um Bai
le, um garotinho negro que foi espancado até a morte por seu então patrão e um Conde de Strathmore que supostamente teria perdido sua alma ao Diabo

durante um jogo de cartas. Também se acredita que mora no Castelo uma sombra de uma criança terrivelmente deformada, trancafiada pela família num aposento secreto.





Castelo de Glamis

O Frade Negro de Byron

Conta-se que na Abadia de Newstead, no condado de Norttingham, Inglaterra, lar ancestral da pitoresca família Byron, era assombrada pelo fantasma de um frade malvado que se deliciava com infortúnios alheios.
A Abadia serviu de mosteiro para os cônegos agostinianos durante quase quatrocentos anos. Mas no século XVI, irado com a oposição da Igreja Católica à anulação de sua união com Catarina de Aragão, Henrique VIII começou a confiscar os bens da Igreja e dividi-las entre alguns de seus nobres. A Abadia de Newstead coube aos Byron e ficou com a família pelos trezentos anos seguintes. O último Lord Byron a herdá-la foi ninguém menos que o dissoluto poeta romântico, George Gordon, que não só amava a propriedade como lá encontrou alimento para seus poemas no mais notável de seus vários fantasmas: o Frade Negro.
Ninguém sabe quem teria sido em vida, essa alma penada, mas alguns acreditam que sua sombra, encapuzada e de feições escuras, representava a praga da Igreja contra os usurpadores de suas Terras. Diz a Lenda que quando um membro da família morria, o monge fantasma fazia uma visita para se regozijar com a desgraça. Por outro lado, apresentava-se de cara pesarosa em ocasiões felizes. Uma aparição contrita era norma nos nascimentos e em alguns casamentos - mas não em todos. O Poeta Lord Byron asseverou ter visto o fantasma muito contente em seu próprio casamento com Annabella Milbanke, que ele qualificaria mais tarde como o acontecimento mais infeliz de toda sua vida. Em seu Don Juan, Byron faz alusão ao Frade Negro:

Lord Byron
"Sobre o tálamo nupcial, dizem os rumores
Na noite das bodas de leve esvoaça;
Mas ao leito de morte de seus senhores
Não falha - para gozar a desgraça."

Iemanjá

Iemanjá é considerada a mãe da humanidade, grande provedora que proporciona o sustento a todos os seus filhos. Na África, dizem que Iemanjá é filha de Olokun, a riquíssima deusa do oceano, dona de todas as riquezas do mar. Iemanjá foi esposa de Orunmilá. Senhor dos oráculos, e de Olofin, o poderoso rei de Ifé, com quem teve dez filhos.Cansada de sua permanência em Ifé e da convivência com o marido, Iemanjá fugiu do palácio em direção ao entardecer, a oeste, para as terras de Abeokutá. Sua mãe Olokun lhe havia presenteado, certa vez, com uma garrafa mágica, e disse que em caso de perigo era só quebra – la e o mar viria para socorrer Iemanjá.Inconformado por perder sua esposa, Olofin ordenou ao exército de Ifé que fosse atrás dela. Os soldados a alcançaram, mas ela se recusou a voltar para Ifé e, ao ver – se sem saída, jogou a garrafa contra o chão, quebrando -a. Formou – se um fio que, correndo em direção ao oceano levou Iemanjá para morada de sua mãe Olokun. Iemanjá também foi casada com Oxalá, a união claramente representada pela fusão do céu e do mar no horizonte. É considerada a mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração da emoções e símbolo da fecundidade. Seu nome deriva da expressão YEYÉ-OMO-EJÁ, significa A mãe dos Filhos Peixes.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Mulher de Luto




A Mulher de Luto [Klage-weib] é um tipo de fantasma internacional. A expressão Klage-weib é alemã, significando "Mulher que se lamenta" e refere-se a uma mulher grande; uma aparição alemã. Quando se aproxima uma tempestade e a lua brilha debilmente, sua sombra gigantesca pode ser vista em roupas esvoaçantes e funéreas, os olhos cavernosos e o olhar congelante. Ela estende seu longo braço e chora sobre as casas marcadas pela morte que se aproxima. Mas a "Mulher de Luto" também existe South Gloucestershire, Inglaterra, assombrando o cemitério de Charfield. Na versão inglesa, ela cobre o rosto com as mãos, demonstrando sua tristeza. Em Tyrol [região entre a Itália e a Áustria], também existe uma mulher de branco cujo vulto pode ser visto nas janelas das casas prenunciando que, ali, alguém vai morrer.